sábado, 9 de outubro de 2010

Revendo conceitos e avaliando o outro lado da história

DASPU

Eu acredito que nem devo explicar aqui o significado da palavra acima, caso não você não saiba jogue no google ou então leia este post que pelo conteúdo dele você poderá ter (quem sabe) uma melhor explicação sobre a mesma.
Enfim, há pouco mais de um mês eu venho mudando muito e o que vem me deixando mais orgulhoso é o meu amadurecimento intelectual. É incrível a capacidade crítica que o ser humano cria quando ele aprende algo, ele se desfaz de tantos "pré-conceitos" e um dos meus era contra a famosa profissão mais antiga do mundo, no entanto ao assistir o documentário "DASPU", que eu indico à todos o que aqui vierem, confesso que tive que parar para pensar sobre essas mulheres que vivem do sexo. Poxa não é fácil uma vida assim! Continuo achando que a relação sexual, assim como qualquer outra, deve ser feita com quem se quer e por livre e espontânea vontade, sem precisar cobrar nada, ou seja puro prazer de fazer o que se está afim, mas após assistir o documentário, eu consegui enxergar o ponto de vista destas mulheres que podem ser qualquer uma e claro, nenhuma está ali porque quer e sim porque algo as levou para este caminho, sendo não necessário apontar determinadas questões e sim tentar compreender a mensagem a qual deseja-se passar.
Fiquei maravilhado com a história de cada´personagem deste filme, em especial pela a de Gabriela (criadora da grife), com a organização do que se está fazendo, com o respeito pelo o que se faz e a luta para divulgar o trabalho o qual muitos não vêm com seriedade.
Posso ser contra diversos modos de vida, mas não posso me negar o respeito àqueles que vivem como querem.
Aplaudo e me sinto orgulhoso de ver pessoas batalhando de forma limpa e honesta para mostrar ao mundo que não são o que os estereótipos tacados por aí. É lindo ver alguém mostrando de forma inteligente a sua filosofia de vida e pensamentos sem ofender ninguém, sem ser vulgar como frequentemente se é ao se tratar deste assunto abordado no documentário, ora político, ora erótico, ora engraçado e principalmente intrigante por nos fazermos realmente pensar em quem está por trás da prostituição e por que não vê-la como uma profissão?
Mantenho os meus julgamentos sobre às relações entre as pessoas, no entanto respeito muito mais as pessoas que decidem fazer com o corpo o que querem, até porque ele é o único bem o qual ninguém pode nos roubar.

Gostaria muito de um dia poder conversar com a Gabriela, fiquei inspirado com tamanha inteligência e capacidade de lutar por algo que ela acredita, esta entrou no meu top 10 de personalidades que admiramos.
Desejo que ela possa ler isto.


Twitter:
Documentário http://twitter.com/#!/doc_daspu
Gabriela Leite (criadora da grife) http://twitter.com/#!/GabrielaDaspu

Site:
http://www.daspu.com.br/

domingo, 4 de julho de 2010

Um Domingo Qualquer (parte 1)




- RICARRRRRRDO! - Soava aquela voz irritante das manhãs de domingo.
- MEU FILHO, VOCÊ NÃO VAI QUERER SE ATRASAR PARA O CAFÉ DA MANHÃ NA CASA DOS SEUS AVÓS NÃO NÉ? - Sim, a trombeta irritante era a minha mãe. Eu fico imaginando como essa mulher não se comove com a minha triste rotina de acordar de segunda à sábado às 6:30? 

  Mesmo parecendo pesar mais de uma tonelada, consegui levantar o meu conjunto de ossos revestidos por uma pele branca que não via o sol há um bom tempo e claro que naquele domingo de céu azul e tempo fresco não seria diferente pelo simples fato de eu ter prometido aos meus avós um belo domingo de muita conversa sobre o passado e minhas aventuras juvenis, sem contar no excelente almoço de peixe ou frango com muita salada e suco adoçado com 0 açúcar, tudo que um jovem de 16 anos como eu deseja no seu único dia de folga.

(...)

- É querido, parece que hoje seremos só eu você. 
Sinto as mãos de minha mãe, agora calorosas e não pesadas parecendo as garras do Godzilla como eram há uma hora atrás me tirando da cama.
 - Meu pai vai ter mesmo que ir ajudar o Tio Clóvis com o carro?
O carro do Tio Clóvis era a máquina mais resistente que eu já vi. Como poderia um Fusca 75 ainda sobreviver à todas as viagens do meu tio?
 - Sim, querido!- Os lindos olhos negros de minha mãe tentavam me conformar. - Mas isso não será problema, porque ele mesmo me disse que assim que eles terminassem lá iriam ir nos buscar para comermos uma pizza no Paolo.
Foi impossível esconder os meu olhos arregalados, além do mais conhecendo o "Grande Marwin", desculpem esqueci de dizer que o fusca tinha um nome. Isso era um sinal de que aquele domingo seria enorme.


Tédio ( o desabafo)

     

      Uma coisa eu sei que eu puxei da minha mãe, a pressa pra mudanças programadas. Não aguento mais esperar pra ir embora, também não vem acontecendo nada MUITO emocionante, a copa até estava me animando, mas agora o que irá me animar mais? Um mês de despedidas? Isso só aumenta a minha desesperada vontade de sair correndo em direção ao que pelo eu vejo será uma nova mudança.

      Acredito que tudo acontece na sua hora e se não aconteceu ainda, ou se a tão esperada volta foi adiada é porque Deus está preparando alguma coisa, até porque como diz Balboa: "Só acaba quando acaba" (eu acho que é isso).

       Pra falar a verdade estou sem a mínima empolgação para organizar despedidas ou eventos de adeus. Ah é chato ter que chamar fulano, sicrano, beltrano pra sair e depois só irem tu e o fulano. Pronto está decidido, não farei despedida, irei inovar, vou embora sem despedida.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Estrada


Um dia eu pensando na vida e tentando entende-la, pude ver que ela nada mais é que uma estrada, acho que não sou o único que pensa assim, mas acredito também que talvez você pense da mesma maneira que eu.

            Caminhar não é fácil, andar, andar e andar por um caminho que nunca se sabe até onde vai, seguir em frente sem poder voltar pra trás. Há horas que as pernas doem, o corpo fica pesado, a vontade de parar aumenta, porém você ainda enxerga que tem uma imensa estrada a seguir. Essa estrada é traiçoeira, ela nunca nos mostra o seu tamanho certo, sempre se vê um imenso caminho.

            É por isso que eu penso desta maneira:
  • Ande sempre, não pare. Ande cantando pulando, enfim da maneira que lhe agradar;
  • Se você vir algum pote de ouro, ou algo que lhe agrade pelo caminho a frente, não pare! Vá em direção à ele, não precisa ir correndo, no momento certo e se você realmente se esforçar pra alcança-lo, com certeza você conseguirá pega-lo;
  • Caminhe sempre acompanhado, faz um percurso longo ser mais divertido.
  • Não perca seu tempo de caminhada reclamando ou observando a forma como as outras pessoas caminham, você não sabe e talvez nunca saberá o que esta pessoa já viu pelo caminho dela;
  • Saiba que cada um possui a sua estrada e que cada estrada possui o seu próprio percurso, então se ver que alguém parou, não fique triste, saiba que ele andou até onde podia, ou melhor, até o seu destino final;
  • Dê oportunidades pra outras pessoas caminharem também, isso vai te ajudar a ter alguém do seu lado;
  • Por último, siga em frente, respeite tanto a sinalização, quanto àqueles que também seguem as suas caminhadas.

Caminhar não é difícil, o pior é olhar para trás e observar que seguiu o caminho errado.

  Texto escrito no dia 01/06/2009.

    Caramba, já faz um ano e um mês que eu escrevi este texto, me lembro até hoje deste dia, também é impossível esquecê-lo, foi logo o dia em que o meu avô faleceu, tudo bem que eu bloguei ele por falta do que escrever, mas até que veio a calhar, me fez lembrar agora que o tempo já passou, a saudade não, ela sempre estará aqui agregada à todas boas lembranças que eu tenho dele. 


A difícil tarefa de crescer

 Crescer, uma difícil fase na vida do ser humano, parece até ser o fim do comodismo que nós estamos acostumados a viver.



      
    É preciso coragem pra crescer, por mais que esta parte do nosso filme seja tão chata não podemos dar pausa, muito menos avançar, temos que vê-la, acompanhá-la atentos, pois ela será a chave para muitos mistérios  que só serão entendidos se esta parte for compreendida.


    O medo de chegar no fim e nos depararmos com um final que não seja feliz nos faz imaginarmos o pior dessas próximas cenas aonde tudo pode acontecer a qualquer momento, afinal de contas quem já leu a sua própria sinopse? Claro que enfrentar o bicho papão é algo que nós desviamos desde o fade in inicial, mas pra falar a verdade, não seria mais fácil confrontar o vilão antes do fim e curtir uma hora restante de filme como um grande musical?


   Deixar os olhos abertos numa cena aterrorizante é um ato de bravura que muitas vezes nos negamos a fazer, no entanto é a melhor opção pois nós sabemos o quanto nos sentiremos mais preparados para os próximos sustos.


   Moral de toda esta história: Crescer é ver um filme passar na nossa frente, temos que estar conscientes de que qualquer coisa a qualquer momento pode acontecer e que nem tudo que veremos será como imaginamos, porém se nós não formos preparados para entrar na sala poderemos acabar vendo um filme que não era esperado.